
Como é difícil escrever qualquer coisa que seja, principalmente quando tenta-se escrever para um suposto leitor que, na maioria das vezes, é algum internauta crítico de plantão: mais preocupado em reparar defeitos ou notas engraçadas nas linhas e entrelinhas, onde, às vezes, não existe a menor graça, do que absorver a real comunicabilidade de textos importantes [diga-se de passagem, não é o meu caso].
Escrever é tentar chamar a atenção de quem lê; e, muitas vezes, apesar do que muitos pensam, chamar a atenção não é nada fácil, sobretudo através de um texto, e ainda mais num mundo onde tudo está sendo banalizado e nada tem causado frenesi. Por isso e outros motivos, escrever torna-se tão difícil.
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Que bom que alguns se arriscam a escrever a despeito das opinões alheias e etc. Já dizia Machado: "a opinião é a vilã das discussões". Particularmente, tento entender essa afirmação sob a ótica machadiana - não que a opinião seja ruim, mas é ela quem "tempera" as discussões, pois seria [e é] imensamente sem graça quando você faz alguma coisa que julgue importante e ninguém emite nenhuma nota, quer positiva, quer negativa.
Vocês, que leem o meu texto nesse momento, podem até está achando-o confuso ou contraditório porque eu critico os internautas críticos de plantão e logo após exalto o poder sensorial da opinião. Mas, analisem: a crítica, a opinião em si nada prejudicam quando realmente são inteligentes, mas se são proferidas apenas para chacotear tornam-se inúteis, pois se considero o que faço importante, penso merecer críticas ou opiniões à altura. Faço crítica das críticas! Imaginem só se Da Vinci, ao concluir A Gioconda, recebesse a seguinte crítica de um sujeito ateu em artes plásticas por sua obra-prima: "- Que sorriso idiota"! Coitado...
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Por isso, amigos, fiquem à vontade em meu blog! Não sou um Da Vinci [quem dera!], não me preocupo com o que irão achar.